Apoio mais abrangente e mais flexível às empresas

Apoio mais abrangente e mais flexível às empresas – Alexandra Vilela, vogal do COMPETE 2020, o programa de fundos comunitários europeus que financia o Formação PME, faz um balanço positivo da primeira fase do programa, que já apoiou perto de 6.200 empresas portuguesas e que chega ao fim este ano, mas tem os olhos postos no futuro. Estão já a ultimar-se os preparativos para a abertura às candidaturas para a segunda fase, que abrangerá o triénio 2019-2021, permitindo a ainda mais micro, pequenas e médias empresas crescerem dentro e fora do País. “Para esta próxima fase, o objetivo é que a formação-ação seja ainda mais flexível, adaptando-se melhor às necessidades específicas de cada empresa”, afirma Alexandra Vilela.

A formação-ação deverá, para isso, obedecer a menos limites, incentivar a vertente empreendedora das empresas e abranger temáticas mais variadas, como a Indústria 4.0 e a economia circular, ligando a capacitação das empresas e dos trabalhadores a áreas de inovação e de crescimento inteligente da nossa economia. Isto, contudo, sem perder o foco nas principais categorias que têm registado interesse da parte do setor empresarial português, como têm sido as áreas da internacionalização, inovação e certificação de qualidade das empresas.

O principal objetivo desta segunda fase do Formação PME será assim, explica Alexandra Vilela, contribuir para o aumento dos níveis de qualificação dos ativos empresariais: “Ainda estamos muito longe do nível médio de qualificação da população ativa dos restantes países da Europa, especialmente os do Norte, com que nos queremos comparar, cujas economias são mais avançadas também porque a população tem uma escolaridade média equivalente ao 12º ano. Em Portugal, a escolaridade média é muito inferior e o investimento na formação dos funcionários e gestores das empresas ainda é visto mais como uma despesa do que como uma medida estruturante para o crescimento das empresas. É urgente e essencial mudar este paradigma”.

As metodologias de intervenção da formação-ação passam por combinar dimensões de consultoria e de formação on the job - assim, há um primeiro diagnóstico, realizado pelo consultor que se desloca à empresa para se inteirar do seu funcionamento e delinear a estratégia de intervenção. “Neste aspeto, o Formação PME é das metodologias de apoio às empresas mais finas com que contamos, porque cada plano é uma resposta personalizada para cada empresa, não é feito a partir de um modelo-base que não saberia corresponder a todos as especificidades de cada empresa”, defende Alexandra Vilela.

Quanto à relação com os Organismos Intermédios (OI), como a AEP, que faz a ponte entre o COMPETE 2020 e as Entidades Promotoras e empresas, Alexandra Vilela defende que não podia ser melhor: “A AEP é sem dúvida um OI de referência, quer em volume de empresas que apoia, quer pelo seu caráter transversal, na experiência que tem no trabalho de campo com as empresas e no desenvolvimento de metodologias específicas para cada uma. A AEP demonstrou uma enorme capacidade de adaptação às novas regras do COMPETE 2020, também pela experiencia que já tinha, nomeadamente nos projetos conjuntos, o que faz dela sem dúvida um OI de referência e um parceiro de excelência para nós”.

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